terça-feira, 27 de abril de 2010

Jornal Escrito

Jornal escrito
Origem: Jornalismo e Linguagem, a enciclopédia livre.
No mundo do jornalismo escrito parece existir uma constituição própria do campo lingüístico no qual o jornal parece ter duas faces: por um lado quer informar, por outro quer impor, de forma velada, suas próprias convicções. Ou seja, quer parecer tranparente ao mesmo tempo em que obscurece.

Isso se relaciona com o estudo da semiótica na medida em que as editorias parecem possuir um código lingüístico, e, em última instância, cortes semióticos próprios. O idioma da FOLHA não é o mesmo do GLOBO ou do ESTADÃO, por exemplo. Cada jornal parece ter uma linguagem peculiar, e que às vezes pode parecer indecifrável para os não-iniciados.

Assim, não há consenso entre os diferentes editores das grandes redações quanto à língua a ser falada, e se forma um reboliço onde o leitor comum fica perdido, rodando de um lado pro outro, ou melhor, de um corte semiótico a outro, tonto com tantos modos diferentes de abordar a mesma realidade que a ele se mostra e da qual é elemento atuante, ainda que muitas vezes os jornais dêem a impressão de que o mundo de suas páginas não é o mesmo onde esse leitor comum acorda, anda, come, vive.

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