terça-feira, 27 de abril de 2010

Neymar pode jogar de óculos na final

Em recuperação do trauma, com sangramento interno, no olho direito, atingido por um de seus dedos, durante o jogo contra o Santo André, o atacante Neymar, do Santos, é dúvida para a final do Paulistão, no domingo. Os resultados dos exames realizados ontem apontaram lesão sem gravidade na câmara anterior do globo ocular. Mas, para não correr risco de nova hemorragia, o jogador terá que repousar para voltar a treinar na quinta-feira. Uma das possibilidades é que ele só seja liberado para o jogo se usar óculos para proteger a vista.

Corinthians prepara blindagem para Fenômeno..(Neto0)

São Paulo

O Corinthians está preocupado com a passagem de Ronaldo pelo Rio nos próximos dias. Isso porque, além do jogo tenso contra o Flamengo, amanhã, a direção corintiana obteve informações de que parte da torcida rubro-negra prepara diversas ações contra o craque alvinegro.

Desde a assinatura do contrato com o clube paulista, em dezembro de 2008, o Fenômeno, até então tratado como ídolo flamenguista, passou a ser considerado traidor.

A comissão técnica e a diretoria do Corinthians souberam que uma das torcidas uniformizadas do Flamengo pretende contratar travestis. Alguns fariam protestos na porta do hotel onde a delegação paulista estará concentrada.

Outros seriam ainda mais atrevidos. A ideia é registrá-los como hóspedes para forçar um encontro pessoal com o jogador nas dependências do edifício. Para evitar tais constrangimentos, algumas medidas serão adotadas para preservar o atleta.

Será recomendado a Ronaldo que evite circular pelo hotel. O camisa 9 ficará recluso ao andar reservado para os corintianos. Até mesmo as refeições deverão ser feitas ali. A segurança será reforçada.

Estima-se que o Corinthians deva ser escoltado por, pelo menos, 20 homens em sua passagem pela Cidade Maravilhosa. “No estádio não podemos fazer muita coisa. A torcida tem o direito de se expressar e é o que deve acontecer”, afirmou um dos responsáveis pela estratégia de segurança.

O comportamento da torcida dentro do estádio deve seguir a mesma linha. Além de faixas e cartazes alusivos às últimas polêmicas do artilheiro, uma música já é ensaiada. Trata-se da versão para a conhecida “Vou Festejar”, cujo refrão traz o recado: “você pagou com traição, a quem sempre lhe deu a mão...”. (Agência Estado)

Em meio a boatos de brigas, Dodô nega saída

Rio
O início surpreendeu: gols bonitos e boas atuações logo no retorno após um ano e meio parado por conta do doping. Mas o alto rendimento não se manteve, veio o fatídico jogo contra o Flamengo – com dois pênaltis perdidos – e Dodô perdeu espaço. Na má fase, também começaram a surgir boatos de insatisfação, problemas de relacionamento e, agora, de saída do clube.

Dois clubes dos Emirados Árabes, além do Ceará, teriam feito sondagens, mas Dodô preferiu nem ouvir. A intenção é cumprir o contrato, até o fim do ano.

“Meu pensamento está aqui. Tenho muito para fazer. Claro que pode mudar e aí depende da vontade de todos”, afirmou Dodô, sem reclamar da reserva. “Hoje, o Vasco tem um esquema e tenho de respeitar as preferências do treinador. Meu papel é lutar para voltar e aproveitar as chances. Cobram de quem pode render mais”.

Na cabeça de Gaúcho, o time do Vasco que vai enfrentar o Vitória amanhã está pronto e definido. Mas Carlos Alberto nem treinou ontem e Titi deixou a atividade no meio sentindo dores. Ambos viajaram, mas só vão ter o aval para jogar dependendo do resultado da reavaliação. (Agência Globo)

O que é jornalismo?

O ser humano está cheio de definições e desejo por elas. Algumas pessoas passam a vida definindo a arte, por exemplo. Jornalismo também, principalmente porque os estudantes estão sedentos pelo conhecimento do que são. É uma arte, uma atividade com função social ou o espelho da realidade? Antes de tudo um trabalho, como outro qualquer, que envolve responsabilidades particulares. Com utilidade? Quanto a isso há dúvidas.
Difícil imaginar nossa sociedade sem informação e a articulação de pensamento propiciada pela atividade jornalística. Não é possível, no entanto, pretender dizer que é nas páginas dos jornais que as coisas acontecem. Mas certamente as coisas não aconteceriam da mesma forma sem elas, principalmente no que se refere a atividades públicas. Uma das primeiras providências de um governo autoritário é controlar os meios de comunicação, diretamente pela propriedade, ou através da censura, pois assim estará de posse do meio mais eficiente de diálogo dentro da sociedade. Por ali se espalhariam críticas, denúncias e idéias contrárias à ideologia dominante. Os que pretendem resistir fazem o quê? Montam formas alternativas de espalhar suas idéias, claro.
Ainda estamos tratando de um ideal jornalístico, que numa sociedade democrática teria condições de servir como voz de todos as partes. Jornalismo romântico, não real. A informação veiculada, em qualquer parte, mesmo que seja numa folha A4 fotocopiada, pertence ao dono do meio de comunicação, que estabelece a política de funcionamento. Empresas jornalísticas devem dar lucro, por isso muitas vezes vendem anúncios como matérias, vendem informações encobertas, mal apuradas, como a mais cristalina verdade. O jornalismo tem o perigoso dom de transformar qualquer coisa em verdade absoluta. Dom perigoso nas mãos erradas. Quando se fala em responsabilidade do jornalista (e normalmente ninguém lembra do dono do jornal, TV, etc.), a referência é ao uso de seu poder hipnótico.
Não existe mais uma praça de debate público, em que seres privilegiados defendem abertamente suas idéias. Os bastidores são mais amplos do que se imagina. O jornalista muitas vezes se vê como o narrador de uma peça de teatro, em que as máscaras não são identificáveis, os papéis não são claros e, mesmo se ele pudesse entrar nos camarins, não poderia contar tudo o que vê.

Quem foi o inventor do jornal escrito?

No Ocidente, os primórdios dos jornais surgiram ainda na Antigüidade, com a Acta Diurna publicada sob ordem de Júlio César na Roma Antiga. A produção de jornais e outras publicações foi amplamente facilitada a partir da invenção da prensa móvel por Gutenberg. Somente com a Revolução Industrial, no século XVIII, é que o jornal ganhou formatos semelhantes ao atual e se consolidou como fonte principal de informação da sociedade ocidental. Já em culturas da Ásia, os jornais seguiram caminhos mais identificados com a divulgação de informações por fontes oficiais de poder.

No Brasil, o primeiro jornal a circular foi o Correio Braziliense, editado por Hipólito José da Costa, impresso em Londres e distribuído na colônia a partir de 1808. No mesmo ano, com a chegada da Imprensa Régia com Dom João VI, até então não havia imprensa oficial no Brasil, é fundado o primeiro jornal publicado inteiramente no Brasil, a Gazeta do Rio de Janeiro em 1808.

Jornal Escrito

Jornal escrito
Origem: Jornalismo e Linguagem, a enciclopédia livre.
No mundo do jornalismo escrito parece existir uma constituição própria do campo lingüístico no qual o jornal parece ter duas faces: por um lado quer informar, por outro quer impor, de forma velada, suas próprias convicções. Ou seja, quer parecer tranparente ao mesmo tempo em que obscurece.

Isso se relaciona com o estudo da semiótica na medida em que as editorias parecem possuir um código lingüístico, e, em última instância, cortes semióticos próprios. O idioma da FOLHA não é o mesmo do GLOBO ou do ESTADÃO, por exemplo. Cada jornal parece ter uma linguagem peculiar, e que às vezes pode parecer indecifrável para os não-iniciados.

Assim, não há consenso entre os diferentes editores das grandes redações quanto à língua a ser falada, e se forma um reboliço onde o leitor comum fica perdido, rodando de um lado pro outro, ou melhor, de um corte semiótico a outro, tonto com tantos modos diferentes de abordar a mesma realidade que a ele se mostra e da qual é elemento atuante, ainda que muitas vezes os jornais dêem a impressão de que o mundo de suas páginas não é o mesmo onde esse leitor comum acorda, anda, come, vive.